O conservador Sebastián Piñera vence eleições no Chile com mais de 54% dos votos nas eleições presidenciais deste domingo no Chile — do outro lado do confronto político estava o social-democrata Alejandro Guillier, do centro-esquerda, que somou 45,42% dos votos e já deu os parabéns a Piñera, que é bastante liberal em comparação com os tradicionais conservadores chilenos. À semelhança do que tem acontecido noutros países da América do Sul (Peru e Argentina, por exemplo), o Chile faz agora uma viragem à direita, após uma eleição que não foi tão renhida como previsto nas sondagens.
Piñera é o 745.º homem mais rico do mundo, de acordo com a lista da Forbes, com uma fortuna avaliada em 2,7 mil milhões de dólares. O milionário de 68 anos já tinha ocupado funções presidenciais no palácio de La Moneda entre 2010 e 2014; a sua eleição era dada praticamente como certa, mas houve espaço para alguma incerteza quando se soube os resultados da primeira volta das eleições, a 19 de Novembro: com a dispersão de votos à esquerda, o candidato que logrou pôr fim à hegemonia de governos de esquerda desde a redemocratização do Chile, terminou à frente com 36,6% dos votos, um resultado inesperado e bastante aquém das suas aspirações. Alejandro Guillier, um antigo jornalista e senador, passara à segunda volta com 22% dos votos.
Desde 1990 que nenhum presidente chileno tinha tantos votos como o Piñera. Ao mesmo tempo, esta é a maior derrota de sempre para o centro-esquerda, no poder desde o fim da ditadura de Augusto Pinochet. No total, foram às urnas quase sete milhões de chilenos.
O regresso do Presidente vem com a promessa de tornar o Chile a primeira nação da América Latina a conquistar a classificação de “país desenvolvido” pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico (OCDE).