Criticado por apoiar a criação do Imposto Sobre Serviços (ISS) sobre o Netflix, Spotify e outros serviços de streaming na cidade de São Paulo – prevista de forma obrigatória na Lei Complementar n° 157/2016, aprovada no ano passado pelo Congresso e sancionada pelo presidente Michel Temer, e que terá que ser feita por todas as cidades brasileiras até o final de 2017 – Doria foi às redes sociais fazer uma defesa apaixonada do novo imposto.
Lembrando um militante do PT, PCdoB ou PSOL, Doria disse em sua página oficial no Facebook que a Netflix “tem que pagar impostos (para a prefeitura) sim” e “não adianta dizer que irá cobrar do consumidor” porque “a Netflix é uma empresa rica”. Na visão de Doria, “os lucros da Netflix e de outras empresas de streaming é (sic) suficientemente alto para pagar os impostos municipais, seja na cidade de São Paulo ou em qualquer outra cidade do país”, e “não adianta fazer esse momento através das redes sociais para querer impor aos prefeitos dos municípios que não cobrem impostos destas empresas de streaming“. Por fim, o prefeito informou que “aqui em São Paulo vai pagar o imposto sim e não deve aumentar o valor do serviço prestado à população”, mas sim “tirar da sua margem”, afinal, “o dono da Netflix é bilionário”.
A Netflix teve prejuízo de 133 milhões de dólares em 2016 nas suas operações fora dos EUA e a expectativa é que tenha novo prejuízo de 11 milhões de dólares em 2017. A Spotify teve prejuízo de 601 milhões de dólares em 2016. No último dia 15 de julho, a Netflix aumentou os preços das assinaturas no Brasil em até 27%; o Spotify aumentou em até 17% os preços no país em 7 de novembro de 2016.