A taxa de desemprego na Região Metropolitana de São Paulo foi estimada em 2,07 milhões de pessoas em junho. Mesmo assim, na principal cidade da região, a capital São Paulo, a gestão Doria resolveu perseguir vendedores em nome da “legalidade”.
Lançado na última sexta-feira (15), o “Movimento Legalidade” visa coibir o descaminho – ou seja, a importação de produtos sem pagar os impostos estatais – e favorecer grandes empresas que alegam perdas com a concorrência sem impostos. Para iniciar o processo, a prefeitura fechou o Shopping 25 de Março em parceria com a Receita Federal – aquela que nunca vê os milhões de reais movimentados por políticos corruptos – e destruiu produtos dos centenas de vendedores, gerando um prejuízo de R$ 300 milhões. O trator foi pilotado pelo próprio João Doria e a ação foi postada na página oficial do político no Facebook.
Cabe sempre lembrar a lição de Milton Friedman sobre o tema: a melhor forma de acabar com o descaminho (erroneamente chamado de “contrabando”, sendo que o último se refere a produtos ilegais) não é perseguindo vendedores e criando mais leis, mas reduzindo impostos a ponto da importação sem impostos não fazer sentido econômico. Algo que Doria e seus parceiros da Receita Federal estão longe de fazer.