Após demitir jornalistas da Folha de São Paulo e colocar a área de serviços do UOL à venda, o Grupo Folha segue buscando formas de continuar existindo. A mais nova decisão do grupo nesse sentido foi vender a participação que possuía no jornal Valor Econômico para o Grupo Globo por 20 milhões de reais. Os dois grupos eram sócios no jornal até então, com cada um possuindo 50% das ações. O negócio, graças ao nosso estado fascista que se intromete em tudo, ainda depende da aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para ser finalizado.
Para criar o Valor Econômico, há 16 anos, o investimento inicial dos grupos Globo e Folha foi de aproximadamente US$ 50 milhões. Em 2013, o jornal anunciou a criação de um serviço de notícias e indicadores econômicos em tempo real para concorrer com sistemas nacionais e estrangeiros, como Broadcast (do Grupo Estado), Reuters e Bloomberg, com um investimento de aproximadamente R$ 100 milhões. Em julho de 2016, a circulação média do Valor Econômico foi de 61.184 exemplares por dia, sendo 35.853 referentes ao jornal impresso, de acordo com dados do Instituto Verificador de Circulação (IVC).
As vendas do jornal Folha de São Paulo, carro-chefe do Grupo Folha, caíram vertiginosamente nos últimos anos. De acordo com números do Instituto Verificador de Comunicação (IVC) – financiado pelas próprias empresas de mídia para auferir o alcance de cada veículo e informá-lo ao mercado publicitário – a circulação diária média do jornal caiu de 239 mil jornais em dezembro de 2013 para 166 mil em abril de 2016, uma queda de 30% em menos de três anos. A queda na circulação diária média da versão impressa não foi acompanhada por um grande aumento na versão digital do jornal, com a circulação digital subindo apenas 2%, de 134 mil em dezembro de 2014 para 137 mil em abril de 2016.