O governo de Barack Obama, em seus últimos dias no poder – o presidente eleito Donald Trump assume no próximo dia 20 de janeiro – ordenou que 4.500 soldados norte-americanos, bem como veículos e tanques blindados, sejam posicionados nos países do Leste Europeu, incluindo as nações bálticas. Este é o maior deslocamento de tropas norte-americanas e armamento pesado na Europa desde a Guerra Fria.
A OTAN – Organização do Tratado do Atlântico Norte, que coordena a ação e é em grande medida influenciada pelos EUA – diz que o propósito da missão é tranquilizar os membros da Aliança na região, antigos membros da União Soviética e países satélites: Polônia, Estônia, Letônia, Lituânia, Romênia, Bulgária. A missão é também uma demonstração de força do Exército norte-americano, que, além de seus soldados, levará ao território europeu veículos militares e mais de 80 tanques.
O deslocamento custará 3,4 bilhões de dólares, não possui a aprovação do presidente-eleito – que já se declarou contrário a operações desse tipo – e foi considerada uma provocação à Rússia pelo ministro do Exterior alemão, Frank-Walter Steinmeier. A ação ocorre poucos dias depois da administração Obama expulsar 35 diplomatas russos do país por uma suposta influência de “hackers” russos nas eleições americanas.