Ao contrário do Brasil, onde uma grande parte dos serviços básicos de uma cidade é feito pelo estado, no Japão existe uma intensa parceria com a iniciativa privada. Os metros e trens, por exemplo, são inteiramente privados. E além disso, em algumas cidades como Fukuoka, o saneamento é feito em parceria com a iniciativa privada. O resultado? A cidade japonesa foi a primeira do mundo a ter a capacidade de converter esgoto em hidrogênio combustível em larga escala.
A cidade investiu US$ 12 milhões na atualização do sistema da usina de tratamento de águas residuais – com apoio de empresas privadas como Mitsubishi e da Toyota. O tratamento pega o metano e o dióxido de carbono gerados pelo esgoto e os combinam com um biogás, que recebe um estímulo eletroquímico para virar hidrogênio.
O sistema de Fukuoka é capaz de gerar combustível para abastecer até 600 carros movidos por hidrogênio por dia. No entanto, para apurar a engenhoca, serão usados apenas 65 veículos que rodarão por 12 horas seguidas.
Como as formas mais comuns de produzir hidrogênio são ainda por meio de combustíveis fósseis, como craqueamento térmico de gás natural, gaseificação do carvão e oxidação de hidrocarbonetos pesados, o uso da célula de combustível nos carros não chegava a ser uma baita solução limpa. Agora sim, parece existir uma luz verde no fim do túnel. Esses japoneses sabem das coisas!