Menos de 24 horas após a Câmara dos Deputados aprovar, na calada da noite, uma emenda que praticamente acaba com a Lava Jato, o presidente do Senado, Renan Calheiros, tenta aprovar a urgência do projeto no Senado em tempo recorde para acabar com a Lava Jato.
O novo projeto das “10 medidas”, que se tornou “pró-corrupção” após ser desconfigurado pela Câmara, agora define a previsão de “crimes de abuso de autoridade” para juízes e membros do Ministério Público, permitindo que Sérgio Moro, Deltan Dallagnol e demais membros da operação Lava Jato que aterroriza centenas de políticos possam ser colocados no banco dos réus.
Hoje à tarde, o coordenador da Lava Jato, o procurador Daltan Dallagnol, confirmou que a força-tarefa da Lava Jato irá acabar se o projeto for aprovado no Senado e sancionado pelo Presidente, na medida em que cada um dos participantes poderá ser processado pelos atos que tomar durante as investigações, incluindo por iniciativa dos próprios investigados, como os advogados de Lula já tentaram contra Sérgio Moro.
Atualização, 19:45: por 44 votos contra e 14 votos a favor, o requerimento que pedia a urgência para votar a matéria foi rejeitado no Senado. A matéria seguirá para a CCJ do Senado, onde deve ser discutida até ser novamente levada ao plenário.
Atualização, 20:05: Votaram a favor do requerimento de urgência Benedito de Lira (PP-AL), Ciro Nogueira (PP-PI), Fernando Coelho (PSB-PE), Fernando Collor (PTC-AL), Helio José (PMDB-DF), Humberto Costa (PT-PE), Ivo Cassol (PP-RO), João Alberto (PMDB-MA), Lindbergh Farias (PT-RJ), Pastor Valadares (PDT-RO), Roberto Requião (PMDB-PR), Valdir Raupp (PMDB-RO), Vicentinho Alves (PR-TO) e Zezé Perrella (PTB-MG)