Uma das principais promessas de campanha, o “Corujão da Saúde” da gestão Doria tem dado muito certo. Iniciado em 10 de janeiro, quando havia 457 mil paulistanos aguardando por exames, um mês depois resta somente 119 mil exames a realizar.
Cerca de 15% da base foi excluída porque as pessoas estão na fila há mais de seis meses, o que exige uma reavaliação médica. Até o último dia 10 de fevereiro, 128 mil pessoas haviam realizado os procedimentos, enquanto outras 142 mil não foram localizadas, desistiram ou marcaram o exame e não apareceram.
Em relação ao custo, foi gasto até agora um terço do total de 17 milhões de reais destinado ao projeto. Para que zerar a fila em 90 dias, funcionários e telefonistas de cerca de 300 unidades básicas de saúde da metrópole levantaram suas respectivas listas de espera e ligaram para os nomes da relação.
O programa conta com atendimento em hospitais de excelência como o Albert Einstein, no Morumbi, que ofertou um total de 1500 tomografias computadorizadas e 390 ressonâncias magnéticas. O grupo Santa Joana ofereceu 1200 ultrassonografias pélvicas e transvaginais. O Oswaldo Cruz, no Paraíso, deve realizar 7530 exames de imagem. E o serviço agradou aos pacientes.
“Parecia um foguete da Nasa”, conta o pedreiro Adenisio Fernandes sobre o aparelho de tomografia a que foi submetido no Oswaldo Cruz. “O atendimento foi rápido e cordial, o que quase nunca ocorre no posto de saúde”, afirmou a dona de casa Rosa Maria Toledo, atendida no Einstein para uma tomografia.
O sucesso levou a prefeitura a anunciar duas novas etapas do projeto. A partir de março serão feitos mutirões de cirurgias ortopédicas, cuja fila é de 44000 pacientes, e de distribuição de próteses de membros superiores e inferiores, com demanda de 2800 pessoas.
Segundo o secretário municipal da Saúde, Wilson Pollara, 85% dos que já fizeram os exames tiveram resultados normais, o que significa que “não houve um protocolo de atendimento adequado”.