O número de mortos no Espírito Santo durante a greve – disfarçada de “protesto dos familiares na porta dos batalhões” – da Polícia Militar já chega a 87 pessoas em 5 dias, um recorde na história do estado, de acordo com o Sindicato dos Policiais Civis do Espírito Santo. Os PMs pedem reajuste salarial para a categoria, que é legalmente proibida de fazer greve.
Em mais um dos atos criminosos ocorridos durante a greve, cerca de 36 quilos de explosivos foram roubados de uma pedreira na Grande Vitória na madrugada dessa terça-feira (07), o que acendeu o alerta para possíveis casos de roubos a caixas eletrônicos na região. O material estava depositado em um galpão isolado em meio à pedreira.
Na mesma noite, um investigador da Polícia Civil de Vitória, Márcio Marcelo, morreu após tentar intervir no roubo de uma motocicleta na BR-259, em Colatina, região Noroeste do Estado. Márcio estava com um colega no momento em que viram a tentativa de assalto e ambos trocaram tiros com os bandidos, mas Márcio foi atingido no abdômen e não resistiu aos ferimentos. A morte do policial desencadeou uma paralisação de toda a Polícia Civil nesta quarta-feira (08), suspendendo o atendimento de ocorrências.
A greve da PM no estado também tem sido marcada por protestos da população. Um protesto de moradores em frente ao Quartel de Maruípe, em Vitória, teve momentos de tensão ontem (07). Soldados do Exército tiveram que atuar para liberar uma barricada armada pelos moradores que impedia o tráfego de veículos na via, evitar maiores provocações e dispersar algumas vezes os manifestantes com gás lacrimogêneo.
Nessa quarta-feira (08) um grupo de manifestantes contrários à falta de segurança interrompeu o trânsito com pneus em chamas no quilômetro 335 da BR-101, em Guarapari, impedindo a entrada de pessoas no município.