A Petrobras, empresa de economia mista controlada pelo estado – o qual possui 60% das ações – anunciou esta semana um prejuízo recorde de R$ 34,8 bilhões em 2015, o qual levou a dívida da empresa para R$ 492,8 bilhões de reais, um aumento de 40% em um ano. Em outras palavras, a Petrobras está praticamente falida.
A fim de reduzir seus ativos e amortizar as dívidas, a empresa anunciou nos últimos dias um série de medidas. Entre elas estão a concessão de 104 campos terrestres de produção de petróleo à iniciativa privada, a venda de todas as operações da empresa (campos de petróleo, refinarias e postos de combustíveis) na Argentina para a Pampa Energia, a venda de até 81% de sua rede de gasodutos por todo o país, a demissão de até 12 mil funcionários por meio do Plano de Demissão Voluntária (PDV) – 15% do total de 77,8 mil funcionários efetivos da empresa – e até mesmo a venda do controle da BR Distribuidora, empresa responsável por todos os postos de gasolina com a bandeira BR no país e avaliada em 10 bilhões de dólares no ano passado. As mudanças fazem parte do plano de “desinvestimentos” de 14,4 bilhões de dólares da empresa apenas para 2016.
A empresa controlada pelo estado também obteve recentemente um empréstimo de 10 bilhões de dólares junto ao banco China Development Bank (CDB), dando como garantia a entrega futura de petróleo a empresas chinesas.