Após protagonizar o fracassado filme do Porta dos Fundos, que custou 3,5 milhões de reais aos pagadores de impostos brasileiros, Gregório Duvivier está novamente nas telas dos cinemas com um filme ainda mais caro: a comédia romântica “Desculpe o Transtorno”, a qual captou R$ 5.453.755,70 do dinheiro dos brasileiros por meio da Lei do Audiovisual. A informação está disponível do site oficial da Ancine.
A Lei do Audiovisual funciona por meio da “renúncia fiscal” de impostos que seriam pagos por empresas mas que são destinados a projetos selecionados pela Ancine, num modelo similar à Lei Rouanet. Na medida em que tais impostos já foram pagos pelos consumidores nos produtos e serviços consumidos destas empresas, se trata, na prática, de dinheiro dos pagadores de impostos destinado para projetos de amigos do estado.
Figuram como patrocinadores master do longa de Gregório Duvivier o Governo do Estado de São Paulo, controlado por Geraldo Alckmin, do PSDB, e o ProacSP, o programa de “incentivo à cultura” do mesmo governo, como mostra a seção de parceiros da página oficial do filme no Facebook. Detalhe: boa parte do “humor” do filme está baseado na sátira aos moradores do Estado de São Paulo. A Prefeitura do Rio de Janeiro também aparece como patrocinadora do filme:
O filme foi divulgado esta semana na coluna semana do próprio Gregório Duvivier na Folha de São Paulo utilizando uma história romântica para esconder o marketing do filme, como bem apontou a Caneta Desesquerdizadora: