Em nota, o grupo terrorista MST argumentou que a lei antiterrorismo enviada ao Poder Executivo seria desnecessária e se somaria “às outras iniciativas de setores conservadores do Congresso Nacional que querem implementar uma escalada autoritária nas leis brasileiras”. Eles pedem que a presidente vete integralmente o projeto de lei 2016/2015 que tipificou o terrorismo.
A preocupação com possíveis ataques terroristas na Olimpíada do Rio de Janeiro, que ocorre este ano, pode explicar melhor a eminente aprovação da nova legislação para punir terroristas. O Brasil é um dos poucos países que não possui lei específica para punir esse tipo de crime, o que pode facilitar a vida de criminosos e manchar a imagem do país em eventos importantes.
Outra das motivações para proposta de lei foi a pressão de um organismo internacional do qual o Brasil é membro, o GAFI (sigla em francês para Grupo de Ação Financeira) que exige leis do tipo para acabar com lavagens de dinheiro que financiam o terrorismo no mundo todo. O não cumprimento das diretrizes do GAFI poderia levar à inclusão do Brasil em uma espécie de lista negra que indicaria “alto risco” nas transações financeiras do país.