Em seu blog no Estadão, Guga Chacra utilizou um texto do “acadêmico Michel Gherman, professor da Universidade Hebraica de Jerusalém e coordenador do Centro de Estudos Judaicos da Universidade Federal do Rio de Janeiro” para afirmar que “o nacional-socialismo é um movimento de extrema-direita”.
Iremos entrar no mérito do artigo cheio de falácias em outro post, mas há algo sobre o “especialista” que Guga Chacra escondeu: Michel Gherman é militante do PSOL (“Partido Socialismo e Liberdade”), um partido antissemita que já chegou a queimar a bandeira de Israel e cujo programa oficial afirma que Israel pratica “terrorismo de estado contra os palestinos”. Dessa forma, resta claro o motivo para Michel classificar o nacional-socialismo, uma política claramente de extrema-esquerda, como “extrema-direita”: distanciá-lo dos partidos de extrema-esquerda – que apoiam ditaduras socialistas como a da Venezuela – como o próprio PSOL. Veja Michel Gherman militando para o candidato do PSOL, Marcelo Freixo, na campanha eleitoral de 2016:
Atualização: a Caneta Desesquerdizadora descobriu que o texto foi encomendado por Guga Chacra ao “especialista” (que chega ao nível militante que chama quem discorda dele de “fascista”) que ele sabia que falaria que o “nazismo é de direita”.