Em mais uma batalha entre os modelos de negócios modernos e os ultrapassados, o ministro de Ciência e Tecnologia e Comunicações, Gilberto Kassab (PSD), afirmou durante o congresso anual da Associação Brasileira de Televisão por Assinatura que deseja “criar condições de igualdade” entre a Netflix e as televisões a cabo, que “geram empregos no país e levam serviços de qualidade para o consumidor” mas não teriam “as mesmas condições de igualdade” da Netflix junto ao governo.
Kassab completou afirmando que o governo precisa “tomar posições no campo da regulamentação e no campo da tributação” o “mais rápido possível” contra a Netflix. Quando questionado se a melhor alternativa seria, em vez de impor uma regulamentação de serviços como a Netflix, relaxar a regulação do outro lado, aliviando a carga tributária das empresas de TV paga, Kassab disse não ter resposta. “Não sei ainda qual é o melhor modelo”, respondeu.
A Netflix é um serviço que leva televisão paga a milhões de brasileiros cobrando um preço justo – a partir de R$ 19,90 – enquanto empresas de televisão a cabo – no Brasil, ligadas às operadoras de telecomunicações que também fornecem a Internet na qual se baseia o Netflix – cobram no mínimo o dobro para prestar o serviço.