Após a Colômbia e El Salvador declararem que nenhuma de suas grávidas infectadas com zika vírus registraram microcefalia em seus fetos, médicos argentinos e brasileiros têm um novo suspeito: o Pyriproxyfen, um larvicida usado na água e utilizado em programas do Ministério da Saúde brasileiro para evitar o crescimento das larvas de aedes aegypti. O químico é utilizado em tanques de água potável no Brasil pelo Ministério da Saúde desde 2014, especialmente em regiões com saneamento básico precário, como o interior do Nordeste, principal foco do surto de microcefalia. O Pyriproxyfen passou a ser utilizado depois que o larvicida anterior, Temephos, se mostrou ineficiente contra o mosquito, e é recomendado pela Organização Mundial da Saúde, ligada à ONU.
A Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) divulgou na última semana uma nota técnica apontando que o uso do Pyriproxyfen pode ter relação com os casos de microcefalia. O químico também foi apontado pela Red Universitaria de Ambiente y Salud como um possível causador da microcefalia.
Com informações do Diário de Pernambuco, Zero Hora e EBS