Apesar do aumento do investimento em educação estatal nos últimos anos, a qualidade dos novos professores formados no Brasil é cada vez pior, revela o estudo do Instituto Alfa e Beto. Uma das revelações do estudo é que os melhores alunos brasileiros não têm interesse em se tornar alunos dos cursos de pedagogia brasileiros dominados pela lógica de Paulo Freire.
Paulo Freire é conhecido como patrono da educação brasileira e admirado pelos intelectuais de esquerda. O educador é autor do livro “Pedagogia do Oprimido”, responsável por boa parte da disseminação dentro das escolas do conhecido discurso esquerdista de “oprimido contra opressor”. Esse tipo de influência pode explicar a falta de interesse de uma parcela dos melhores alunos, que preferem escolher outros cursos ao invés de pedagogia. No fim, alunos alinhados à esquerda tendem a ser a ampla maioria nos cursos de pedagogia e posteriormente no quadro de professores.
Outros fatores também explicam a falta de interesse dos melhores alunos brasileiros pelos cursos de pedagogia. Por parte dos investimentos em educação no Brasil são direcionados para o ensino superior e não para o ensino básico (o estado brasileiro é um dos que mais investe em ensino superior no mundo), aumentando o número de vagas mas diminuindo a quantidade de bons alunos no ensino superior, normalmente formados em escolas privadas, enquanto aumenta o número de ingressantes vindos de escolas fracas e com notas ruins no ensino médio (para comprovar este fato, basta ver a nota de corte dos vestibulares dos cursos de pedagogia). Esse aumento artificial de professores formados pelo estado cria um desequilíbrio na oferta e demanda de professores, o que diminui o valor do trabalho desses profissionais. E onde não há valorização, não há interesse dos novos profissionais em fazer parte do mercado.