Você sabia que três estados já se encontram em situação de falência?
Com R$ 80 bilhões em dívidas, o estado do Rio Grande do Sul, decretou calamidade financeira.
O Rio de Janeiro faliu também. Deve R$ 16 bilhões, decretou calamidade, fechou hospitais, atrasou, parcelou salários das polícias e pode demitir funcionários “estáveis”.
Nos últimos 10 anos, a despesa de Minas Gerais com pessoal aumentou 252,98% enquanto a receita aumentou 137,50%. E o governador decretou calamidade.
No Brasil da Copa do Mundo e das Olimpíadas, a dívida pública corresponde a 74% do PIB.
Boa parte do montante financeiro da dívida existe para pagar a correção monetária de uma inflação de 11%, só em 2015.
Há um déficit primário para 2016 de R$ 170,5 bilhões, que não deve ser diferente no próximo ano. O país tem ainda, uma grande dívida com a maioria das pessoas que produzem: um déficit atuarial na pirâmide chamada previdência social de R$ 3,2 trilhões.
Será que dá para explicar esta situação?
Todas estas instituições são geridas pela “União”, uma entidade com sede em Brasília, distante para a ampla maioria dos brasileiros, que representa a república, formada por três “poderes” (Executivo, Legislativo e Judiciário). Com sua regulação “democrática”, teve cinco dirigentes em 90 anos que foram eleitos pelo voto popular e permaneceram no posto até o fim.
Estes “poderes” mostraram que estão em uma queda-de-braço circense, onde o STF (Judiciário) afasta Renan (senador que responde há 11 inquéritos) e o Senado (Legislativo) rejeita a decisão do STF. Isto demonstra uma séria crise institucional.
Enquanto isso, no cotidiano dos pagadores de impostos que financiam tudo isso, aumenta o número de lojas, restaurantes e outros estabelecimentos que fecham as portas. O número de desempregados também aumenta, ainda que medido por um índice bastante “maquiado”.
Quando as três guildas, que sempre foram bem alinhadas para manter altos salários, grandes privilégios e aposentadorias, não se entendem, o que resta aos espoliados que sustentam tudo isso? A insatisfação com o monopólio dos recursos e os altos impostos, cobrados pelo estado no final do séc. XVIII e início do séc. XIX foi decisiva para a declaração da independência brasileira.
A República Federativa do Brasil está falindo, mas pode ser que o estado onde você vive não precise acompanhá-la nesse processo.