Em um esforço para angariar o voto dos palestinos nas eleições municipais locais no dia 8 de outubro deste ano, o partido do presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, tem divulgado como uma das suas “realizações” ter matado mais de 11.000 israelenses.
O partido, o Fatah, divulgado pela imprensa sempre como “moderado”, fez a divulgação em árabe em sua página oficial no Facebook e posteriormente apagou o post depois da repercussão negativa, mas foi o suficiente para a alegação ser mencionada no New York Times.
“Para aqueles que criticam, para os ignorantes e para aqueles que não conhecem história, o movimento Fatah já matou mais de 11.000 israelenses”, começava o post. No mesmo post, o Fatah também reivindica ter “oferecido mais de 170.000 mártires” para lutar “contra a ocupação feita por Israel”, se glorifica como tendo sido o “primeiro a praticar atentados terroristas na primeira Intifada” e “o responsável por atacar Israel nas Nações Unidas”. Foi a segunda vez que o Fatah fez essas alegações, tendo a primeira acontecido em agosto de 2014. Nenhuma medida de paz era incluída no post do grupo.
Em resposta às declarações, David Keyes, porta-voz do primeiro ministro de Israel, disse que “o partido de Mahmoud Abbas prega o assassinato em massa e ainda é considerado ‘moderado’ por muitos”.
O “moderado” Fatah disputa as eleições contra o Hamas, grupo classificado como terrorista por Israel, Estados Unidos e União Europeia.