Sede do pensamento de “economistas” defensores do “desenvolvimentismo” – que quebrou o país mais de uma vez ao gerar crises econômicas inflacionárias – como Aloízio Mercadante, Dilma Rousseff, Luis Gonzaga Belluzzo e Maria da Conceição Tavares, a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) está em situação “dramática”.
De acordo com o reitor da universidade, Marcelo Knobel, a Unicamp possui um déficit de mais de R$ 200 milhões. Na medida em que a instituição não pode e nem deseja fazer demissões, o reitor pretende reorganizar os mais de 650 contratos ativos da universidade, além de negociar junto ao governo do Estado que este assuma o Hospital de Clínicas da Unicamp e seus custos, orçados em R$ 308 milhões ao ano.
O reitor também reclamou do teto salarial do Estado de São Paulo – R$ 21 mil ao mês, o mesmo salário do governador – que é inferior ao nacional (R$ 33 mil ao mês) e faz a universidade perder bons profissionais para universidades federais e a iniciativa privada. Uma eventual elevação do teto estadual – como prevê a PEC 5/2016, que colocaria como limite o teto dos desembargadores do Tribunal de Justiça de São Paulo, de R$ 30 mil – entretanto, elevaria os gastos com milhares de funcionários públicos às custas dos pagadores de impostos paulistas.
Por fim, o reitor da Unicamp reclamou de propostas liberais como a cobrança de mensalidades nas universidades e a extinção das cotas racistas. De acordo com Knobel, “é papel do estado manter universidades por meio do pagamento de impostos” (tirados dos milhões de moradores do estado, a maioria pobres) e “quanto mais ideias, mais gente com diferentes vivências e opiniões, melhor” (mesmo que isso seja feito por meio de uma medida racista).
Para infelicidade dos “economistas” da Unicamp, o Banco Central tem o monopólio da emissão de moeda no Brasil desde 1998, quando o programa federal de desestatização de ativos bancários foi concluído em diversos estados brasileiros. Em outras palavras: nenhum governo estadual pode emitir mais moeda para colocar mais dinheiro dos pagadores de impostos em iniciativas que privilegiam somente um punhado de pessoas como a Unicamp.