O fim do imposto sindical gerou uma crise financeira nas centrais e sindicatos que viviam às custas do dinheiro, tomado a força, dos trabalhadores.
A CUT (Central Única dos Trabalhadores), ligada ao PT, está negociando a venda de sua sede, no Brás, região central de São Paulo, para a Igreja Mundial do Poder de Deus, liderada pelo pastor Valdemiro Santiago. A oferta é de R$ 40 milhões, sendo metade à vista e o restante em quatro parcelas.
Caso o negócio seja fechado, a CUT deverá ser transferida para o edifício que abriga o Sindicato dos Bancários, no centro histórico de São Paulo. Outras medidas também têm tomadas pela central sindical como demissão de funcionários por meio de PDV (Programa de Demissão Voluntária) e contratação de pessoas jurídicas (PJs), algo que sempre foi criticado pela própria CUT.
A UGT (União Geral dos Trabalhadores) também enfrenta crise financeira e 20 funcionários, metade do quadro da sede da central, já foram demitidos. Na época do imposto sindical, a entidade recebia R$ 40 milhões por ano; neste ano, recebeu R$ 4 milhões.
Já o Sindicato dos Comerciários de São Paulo, um dos maiores do país, vendeu há um mês um prédio comercial de oito andares na região central de São Paulo para reforçar seu caixa, recebendo R$ 10,3 milhões pelo negócio.