Em mais uma medida tomada na oficialmente ditadura socialista da Venezuela, o Tribunal Superior de Justiça (TSJ, o Supremo Tribunal daquele país) proibiu ontem (23) os protestos populares contra o Conselho Nacional Eleitoral (CNE, o TSE venezuelano), órgão que tem se recusado a aprovar o prosseguimento do processo que pede o referendo popular pela revogação do mandato de Nicolás Maduro.
A decisão exige que a Guarda Nacional Bolivariana e a Polícia Nacional impeçam manifestações, protestos e mesmo pequenas concentrações populares contra as sedes do CNE em todo o país. Em resposta à medida, a oposição venezuelana convocou novos protestos na próxima quarta-feira contra a decisão do TSJ e a morosidade do CNE. A Constituição venezuelana prevê a convocação de novas eleições apenas se Maduro for derrotado em um referendo que aconteça ainda em 2016, do contrário quem assume o poder é o vice-presidente, o ex-ministro de educação do governo Hugo Chavéz e igualmente socialista, Aristóbulo Istúriz.