Ao registrarem suas candidaturas no TSE, Lula declarou ter um patrimônio de R$ 7,9 milhões, enquanto João Amoêdo declarou ter R$ 425 milhões.
A distância entre esses dois números é gritante, mas devemos considerar algumas coisas.
Até ser condenado e preso por corrupção, Lula passou oito anos viajando de jatinho particular, se hospedando em hotéis luxuosos e jantando em restaurantes caros.
Nesse tempo, estava sendo preparado para Lula um triplex na praia e um sítio no interior.
Desde que a Lava Jato chegou até ele, e até os dias atuais, Lula conta com um gigantesco suporte jurídico para defendê-lo. Um corpo de advogados que entra quase diariamente com recursos nas mais altas instâncias da justiça brasileira, o que custa muito, muito caro. Milhões!
Nada disso, porém, foi pago com o dinheiro que Lula poupou da época em que era presidente da República, nem do que ganhava de pensão como ex-presidente.
Todos os luxos de Lula eram bancados por grandes empresários, como eles próprios declararam e provaram em depoimentos. Luxos bancados em troca de medidas provisórias, subsídios, isenções fiscais e superfaturamento de obras. Esquemas de corrupção que Lula, mesmo depois de deixar a presidência, mantinha sob seu controle.
Como se fosse pouca picaretagem, os seguranças, carros e até o combustível que o ex-presidente utilizava no dia a dia eram bancados pelo governo, digo, pelos brasileiros.
Todo o dinheiro que o líder da esquerda brasileira acumulou com o salário de presidente da República e da pensão de ex-presidente foi investido, veja só… no mercado financeiro. O ex-presidente que defende a previdência estatal tem uma fortuna investida numa previdência privada.
Ou seja: Lula, o “homem do povo” com seus quase oito milhões de reais, tinha um estilo de vida semelhante ao de qualquer milionário, ao de qualquer investidor bem-sucedido.
Isso significa que não muda muito na vida de uma pessoa ter oito milhões de reais na conta ou meio bilhão.
Há, porém, uma grande diferença: Lula acumulou seus milhões enquanto coordenava o maior esquema de corrupção que se tem notícia do mundo. Portanto, os milhões de Lula são sujos! Sujíssimos!
Um invejoso de plantão pode se descabelar diante da fortuna de João Amoêdo, mas ela é legítima.
Amoêdo poderia ter decidido usufruir de sua fortuna noutro lugar. Poderia transferir sua cidadania para qualquer país civilizado. Poderia ser vizinho de Chico Buarque em Paris. Mas ele não quis. Preferiu – coitado – tentar ajudar seu país, fundando um partido realmente novo, que levanta a bandeira da liberdade. Uma verdadeira ruptura ao sistema que vigora e que impede o Brasil de prosperar.
Tê-lo como o “candidato do mercado” é muito, muito bom. Amoêdo deveria usar isso como slogan de sua campanha.
O mercado é formado por nós: cidadãos e empresas comuns vendendo e comprando coisas uns dos outros. É para nós que o governo deve trabalhar, não para milícias e militantes socialistas.
Não existe desenvolvimento social sem um mercado livre, forte e dinâmico.
Ruim mesmo – a história do Brasil que o diga – é essa farofa de estatistas que se sucederam até hoje no governo e no Congresso, e que mais uma vez tentam se manter no controle do país.
A fortuna de Amoêdo é a melhor notícia sobre sua vida particular. Em vez de críticas, ele deveria receber elogios por isso.