Nos últimos dias discuti, em meu perfil pessoal e neste artigo, a farsa do “gap salarial” entre homens e mulheres. Há, entretanto, diferenças reais entre homens e mulheres no mercado de trabalho brasileiro criadas artificialmente pela CLT (para um exemplo, leia este texto).
Três comentários de mulheres nos posts que fiz sobre o tema exemplificam isso:
- “Darei minha opinião de mulher que foi empregada e depois deu emprego. Minhas experiências profissionais na minha área, que é a tributária, sempre me demonstraram que as mulheres são as mais comprometidas e que gastam mais tempo com estudo, logo, por consequência natural, são melhor remuneradas. No meu mundo, como empregada, nunca senti machismo. Como empregadora a coisa mudou de figura. Me incomodava muito a legislação trabalhista. Confesso que me sentia incomodada em contratar mulheres, especialmente na faixa dos 20 anos, por conta do risco de gravidez e de me deixarem na mão em projetos importantes. Novamente não vejo machismo.”
- “Há alguns anos eu era quase uma feminista e como eu era muito eficiente, sempre rejeitei a ideia de que mulheres não trabalhavam tanto e tão bem quanto os homens. Decidi dar prioridade a contratação de mulheres até chegar perto de ter 50% de cada sexo. Essa ideia idiota quase me faliu. Os times eram cheios de ‘picuinhas’, pouco efetivos e sempre tinha alguém que abandonava o barco no meio de um projeto importante pra licença maternidade. A produtividade caiu pela metade. Claro que ter filhos é direito de cada um, mas não contratar alguém que vai me deixar na mão também é meu direito. Hoje tenho mais de 90% de homens e a empresa vai muitíssimo bem: são 120 funcionários na Suíça e mais de 2500 no Brasil. Hoje, como mãe, vejo que nossa eficiência é comprometida seriamente, pois nossa mente está nos filhos e nossas prioridades são outras. No final, o que conta é o lucro, construí uma empresa pra isso. Caridade eu faço em outro lugar.”
- “Em minha empresa emprego 8 pessoas, é bem pequena, mas em 3 anos tive 8 funcionárias grávidas! No momento estou com 2 grávidas e 1 em licença maternidade. É óbvio que daqui pra frente só lésbicas ou gays.”
Três exemplos de que devemos combater o que realmente atrapalha as mulheres no mercado de trabalho – a legislação fascista chamada CLT – ao invés de gastarmos tempo com babaquices da “torre de marfim” acadêmica como “gap salarial”. Como disse outra mulher que trabalha no setor de educação: “A maioria dos colegas homens que lecionam dão mais aulas do que as mulheres, logo, ganham mais. Nunca vi uma empresa colocar um anúncio ‘salário de homem é X, salário de mulher é X menos'”.