Chamei um Uber para ir a uma reunião.
Como sempre costumo perguntar aos motoristas de aplicativos o que eles estão achando do modelo, descobri que a motorista, Patrícia, estava em seu primeiro dia no aplicativo. O marido dela é motorista do Uber há alguns meses e ela resolveu aderir também após ser demitida.
Detalhe: foi demitida semana passada e hoje está trabalhando. Ganhava 1 salário mínimo por mês como vendedora.
De acordo com ela, o marido tem tirado 2000 reais por mês com o Uber, trabalhando 10 horas por dia, e ela quer fazer o mesmo. Antes de ser motorista do aplicativo, ele ganhava 1000 reais por mês.
Como eles têm um filho pequeno, isso permite que um deles sempre esteja em casa, não haja problemas caso precisem tirar o dia para levar o filho ao médico e possam fazer o seu próprio horário de trabalho. Com a renda maior, eles já têm feito planos (não perguntei quais) de melhorarem de vida.
Sem carteira de trabalho, sem burocracia, sem necessidade de alugar uma licença de táxi muito provavelmente controlada por um político, sem nada. Ela mandou seus documentos para o Uber após ser demitida, foi aprovada, fez um curso e começou a dirigir.
Deve ser por isso que os políticos odeiam tanto o Uber e outros aplicativos: eles mostram como toda a montanha de leis, “direitos trabalhistas”, regulações e normas estatais servem apenas para atrapalhar os trabalhadores.
Porque o que realmente ajuda os trabalhadores é o que Uber e outros aplicativos proporcionam: liberdade.